Cidadescola forma integralmente cidadãs e cidadãos para a vida

O Cidadescola foi implantado no ano de 2010 com o objetivo central de desenvolver a formação integral das crianças da rede municipal de ensino de Presidente Prudente e contribuir para a realização de propostas e práticas curriculares, ampliando a oferta de saberes e de atividades sócio educativas, ampliando a permanência dos alunos, atividades relacionadas às artes, cultura, esporte, lazer, inclusão digital, educação ambiental, musical e étnico-racial.

O projeto teve seu início em 9 escolas municipais, atendendo cerca de 1660 alunos. No ano seguinte à implantação as atividades foram estendidas para mais 12 escolas. Com o engajamento  dos profissionais da educação, professores comunitários e estagiários, alunos e famílias, o Projeto decolou e ganhou parceiros como o Sebrae e Sedeco, que viabilizaram a implementação de novas oficinas como a de horta, a Banda Marcial Cidadescola, Judô e Karatê.

Para além disso, o Cidadescola desenvolve um trabalho importante em despertar o interesse das crianças por atividades artísticas. Sempre que possível, os alunos fazem visitas a mostras artísticas, ao cinema, a museus e outros locais que oferecem este tipo de atividade.

Histórico Cidadescola

Em 2014, o programa passou a ser desenvolvido em 26 escolas da rede, provocando transformações importantes na gestão e nas práticas pedagógicas da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental. Neste ano, Cidadescola passou a receber o acompanhamento pedagógico diário (OEL) com professores da Rede Municipal. Novas oficinas  foram criadas, bem como o Comitê de Educação Integral do Oeste Paulista.

Em 2015 o Programa de Educação Integral Cidadescola atingia 100% das escolas em Presidente Prudente.

O tempo de permanência na escola das crianças foi ampliado de cinco para até nove horas diárias. Quando não estavam nas aulas regulares em sala, participam de oficinas de atividades esportivas, de artes, de meio ambiente, de língua estrangeira, de acompanhamento pedagógico, oficina lúdica de matemática, informática, empreendedorismo, educação no trânsito, hora do conto, educação musical, cultivo de hortas, práticas circenses, entre outras.

A servidora Isabel Cristina Arcanjo Riqueti foi diretora do programa por 9 anos. Agora aposentada, a professora conta um pouco de como o Cidadescola nasceu e o objetivo.

Em 2017, o Governo Federal começou a atrasar os repasses das verbas para manutenção do programa e em 2019 o Programa de Educação Integral Cidadescola passou a trabalhar com 100% de recursos próprios.

O impacto do programa na vida das crianças e famílias

Para Claudineia Luzia “o programa significa muito para todas as crianças e mães”. A moradora do bairro Jardim Prudetino tem três filhas que estudaram no Cidadescola, Emily de 15 anos, Estefany, de 10 anos e Emanuely de 9 anos.

“Com a ajuda do Cidadescola elas [as crianças] se desenvolvem melhor em casa também porque passam mais tempo aprendendo tantas coisas úteis na escola”, comenta a dona de casa.

Ainda de acordo com Claudineia, as atividades do programa são muito boas porque, além de ajudar a desenvolver características positivas, impedem que as crianças fiquem muito tempo em casa, sedentárias em frente à TV. “No Cidadescola as crianças se desenvolvem em habilidades importantes, como o companheirismo e a capacidade de trabalho em grupo. Com essas características, as crianças serão melhores profissionais. O programa também é importante porque dá um suporte maior para as crianças”.

“Minhas filhas amam o Cidadescola, principalmente quando há passeios, acredito que o programa é fundamental na vida e desenvolvimento das crianças, faz toda diferença”, enfatiza.

Ainda sobre o programa, Claudineia acredita que deveriam existir mais pólos espalhados pela cidade porque “quanto mais Cidadescola, menos crianças nas ruas e mais desenvolvimento em  todos os aspectos”.

A mãe das pequenas acrescenta que, caso o programa acabasse, não seria afetada, já que suas filhas estão chegando à idade limite de atendimento pelo Cidadescola. Porém, ela enfatiza que quer uma cidade e um país melhor. “Então, acredito que todos temos que unir forças. Não penso só nas minhas filhas. Penso nas outras crianças porque é um projeto fundamental. Queremos um município melhor, não só a nossa casa.”