Servidores de Prudente fazem carreata e manifestam em frente ao paço

Movidos pela garra de lutar por seus direitos, mais de 1,8 mil servidoras e servidores de Prudente estiveram paralisados hoje (4), desde as 9h. Na agenda do dia, foi realizada uma carreata pelas principais ruas do município e uma concentração em frente ao paço municipal. O carro de som puxava o movimento com uma mensagem à população, esclarecendo sobre a motivação da paralisação da categoria.
“Estamos aqui para cobrar do prefeito empenho para solucionar os problemas gerados pela Adin que cortou o abono aniversário e também pelo decreto que suspendeu o pagamento da venda de parte de nossas férias e licenças-prêmio.”, explica a diretora Sônia Auxiliadora.
A carreata foi finalizada na rampa da prefeitura, onde uma parte do movimento já aguardava pela chegada dos carros. “É o momento de mostrarmos ao prefeito que não vamos aceitar a retirada de direitos!” comentou a presidenta do Sintrapp, Luciana Telles.

No paço, foram ditas palavras de ordem ao microfone, que eram repetidas pelas servidoras e servidores presentes e que faziam com a mensagem repercurtisse por dentro das salas da prefeitura.
A primeira reunião
Às 11h, depois de muito barulho em frente à sede do poder executivo, uma comissão subiu até o gabinete do prefeito. Como um movimento de tantas e tantos não pôde ser ignorado, a reunião, tensa e pautada por discussões, foi feita. “Este tipo de movimento não me pressiona”, disse o prefeito Nelson Bugalho sobre as servidoras e servidores em paralisação. Enquanto isso, dentro da sala, todos ouviam os gritos de ordem. “Servidores na rua! Prefeito a culpa é sua!”. As falas na conversa se complementavam com os gritos que vinham da rua, em um único discurso.

Ainda sem uma proposta formal para apresentar às servidoras e servidores, a reunião foi encerrada com a promessa de outra conversa às 15h. Além disso, a comissão também cobrou pela revogação do decreto que impede o pagamento das vendas de férias e licenças-prêmio. Sobre isso, o prefeito tambémnão apresentou proposta alguma.

Finalizada a reunião que começou às 11h, depois de duas horas de conversa, a comissão desceu até a rampa para informar aos demais manifestantes o que foi discutido. A Proposta apresentada informalmente pelo prefeito, tratava sobre adicionar R$55,00 ao abono salarial de R$200,00. De imediato, a categoria não aceitou a ideia. Depois de alguns minutos, o secretário de administração foi até o movimento e entregou nas mãos da presidenta a redação de um Projeto de Lei com a mesma proposta.

A segunda reunião e as propostas
Sobre a Adin
Às 15h, conforme combinado, aconteceu a segunda conversa para discutir as propostas da administração. Desta vez sem a presença do prefeito, a reunião aconteceu entre comissão e secretário de administração. Foi, mais uma vez, analisada a proposta de adicionar R$ 55,00 em um abono já existente.
As vendas de férias e licenças-prêmio
Além desta, a administração também apresentou uma proposta relacionada à venda das férias e das licenças-prêmio. O rascunho do decreto entregue à comissão garante que apenas 10% das verbas de possíveis vendas de imóveis da prefeitura seja destinado ao pagamento de tais vendas em atraso. Além disso, o documento também dizia que caso hajam repasses extraordinários do Governo Federal destinados ao fundo previdenciário (Prudenprev), 10% serão utilizados no pagamento dos direitos que foram suspensos.
A assembleia na sede do sindicato
Depois da reunião, às 17h, os manifestantes foram até a sede do Sintrapp para deliberar sobre os próximos passos do movimento. Considerando as propostas da administração, os membros do movimento paredista decidiram que a paralisação está suspensa, mas as servidoras e servidores estarão em alerta até que a situação seja completamente resolvida.

A categoria aceitou a proposta referente ao acréscimo de R$55,00 ao abono de R$200,00. Apesar disso, conforme deliberado, as servidoras e servidores estarão de prontidão para cobrar a incorporação de todo o abono e cobrar também que o Projeto de Lei para tal incorporação seja aprovado logo após o recebimento da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) pela Câmara, que fará o aporte para este fim, e do estudo de impacto que será realizado num prazo de trinta dias a partir de hoje (4). A reivindicação agora será de que a lei de incorporação do abono esteja em vigor logo em janeiro de 2020.
Já a proposta referente ao pagamento das vendas das férias e licenças não foi acatada. “As servidoras e servidoras presentes acreditam que o decreto, se aprovado, irá mudar a forma com que a venda foi combinada com a administração e trará ainda mais insegurança à categoria que já sofre com as suspensões de tantos direitos”, esclareceu a presidenta do Sintrapp, Luciana Telles.
A barra de progresso
O sindicato preparou uma publicação com um infográfico que mostra o caminho pelo qual a reivindicação pela incorporação do abono deve seguir. Na publicação, há itens que serão marcados com um tique verde assim que forem concluídos.
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