Exposição no CAPS mostra trabalho de pacientes

De 18 a 22 de fevereiro acontece a 1 ª Semana de Artes do CAPS AD III. O evento exibe telas e peças produzidas por mais de 50 pacientes. De acordo com a gerência da unidade, a média mensal de atendimentos gira em torno de 400 pacientes e todos os procedimentos, somados, batem a marca de 1200.
No local, aberto 24h, atuam cerca de 30 servidores e servidoras nas funções de cozinheira, recepcionista, escriturária, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, motorista, assistente social, farmacêutico, nutricionista, educador físico, psiquiatra, psicólogo, clínico geral e terapeuta ocupacional.
A exposição é fruto do trabalho conjunto de vários servidores e servidoras junto aos pacientes. Em especial, organizando os trabalhos que estão expostos, os terapeutas ocupacionais do CAPS levantam as dificuldades de cada indivíduo e, pensando em como saná-las ou amenizá-las, desenvolvem atividades em grupo ou individuais, como as produções artísticas. A série de Mandalas teve o objetivo de trabalhar o indivíduo inserido no contexto do grupo, vez que o quadro foi divido entre quatro pessoas e cada uma ficou responsável por pintar uma parte da peça. Neste caso, trabalhada iniciativa e também a capacidade de consenso pelo grupo, porque a peça deveria combinar cores.

Outro trabalho destacado pelos terapeutas, também feito em grupo, foi a Árvore de Emoções. depois de assistirem ao filme Divertidamente (que mostra as emoções personificadas em uma animação), os pacientes pintaram uma árvore na tela e, com botões coloridos, colaram os botões nela. A regra foi de que cada cor representava uma emoção (assim como no filme) e cada um deveria colocar na tela a quantidade de botões proporcional à intensidade da emoção que sentia. Por exemplo: no filme, a cor da tristeza é o azul. Com isso em mente, cada um contribuiu na tela com a quantidade de tristeza sentida, representada pela cor azul dos botões.

O CAPS trabalha com pacientes com diversas necessidades. Alguns ficam em leitos na própria unidade, onde são assistidos integralmente. Outros, já com seus vícios sob controle, moram com a família e fazem retornos à unidade, para acompanhamento, diária, semanal ou mensalmente. Há ainda casos em que os pacientes necessitam de maior apoio e, por não ter onde morar, residem na Unidade de Acolhimento Adulto (UAA), ligada ao CAPS.

A equipe de servidores e servidoras da unidade trabalha em conjunto para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e libertá-los do vício. Se você conhece alguém que precisa de ajuda para enfrentar esta situação, oriente à comparecer ao CAPS AD III, que fica na rua Dos Ipês Roxos, 490, no bairro da COHAB.
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