Sintrapp, 31 anos de história – 1ª Gestão / 1988 a 1991

Sintrapp, 31 anos de história – 1ª Gestão / 1988 a 1991

Sintrapp, 31 anos de história – 1ª Gestão / 1988 a 1991

A liberação para a criação dos sindicatos pós-constituição de 1988, não queria dizer que o processo seria fácil. Durante a criação do SINTRAPP por diversas vezes o presidente, Alexandre de Ávila Borges Neto, disse que se viu barrado na burocracia e teve de realizar algumas viagens para resolver os entraves que impediam a oficialização do sindicato após a sua assembleia de criação.

O Sindicato começou a se desenvolver tanto na parte burocrática como na luta pelos direitos dos servidores e já no seu início encaminhou algumas reivindicações à prefeitura e deliberou junto aos servidores greves e paralisações. Dentre as lutas travadas pelo Sindicato estava a garantia da transformação dos servidores celetistas em estatutários.

Ata de Fundação

As altas Inflações naquele período levavam ao acumulo de perdas salariais dos servidores. O Sindicato brigava pela Reposição Mensal, Regime Único e Plano de Cargos. A greve de 1989 contou com grande parte dos funcionários que se mobilizaram pedindo melhores salários. Para Alexandre, presidente na época, “essa foi a maior greve de funcionários públicos de Presidente Prudente. A partir daquela data passamos a ter reajuste mensal de salário. Chegamos a ter os maiores salários da cidade, conquistamos no ano seguinte o piso base de dois salários mínimos.” afirma

Principais conquistas: Estatuto do Servidor, falta abonada, biênio e salário família.

A seguir parte da entrevista feita com Alexandre Avila
Você sabia? A primeira sede do sindicato foi cedida pelo Sindicato dos Funcionários da Sabesp, era localizado na Rua Quincas Vieira, depois foi para Rua Francisco Goulart, Vila Nova. Anos depois com a arrecadação das mensalidades alugamos uma sala onde hoje é o hospital Nossa Senhora das Graças em parceria ainda com o Sindicatos dos Funcionários da Sabesp.

Estatuto: para criar o sindicato precisava elaborar o estatuto, na ocasião não tínhamos nenhum modelo, pesquisamos alguns estatutos de outros sindicatos e o que a gente achou mais avançado foi o do Sindicato dos Bancários de  São Paulo. Adequamos para nossa  realidade e mais tarde ele acabou servindo de modelo para  Marília e outras cidades.

Documentação do Sindicato – Contamos muito com o apoio de duas entidades, Sindicato dos Bancários (Cacaio-presidente) e Sindicato da Construção Civil (Marcos), eles contribuíram com dinheiro bancando nossas  idas e vindas à Brasília (MTE).

Sassom – Quando foi para mudar o regime CLT para estatutário foi uma luta. Entendíamos que devia manter o Sassom porque não tínhamos contribuição previdenciária, e o Sassom acabou resolvendo nosso problema, incorporando o tempo de contribuição, passando a ser um SUS pequenininho, o Sassom é mais antigo do que eu na prefeitura, disse.

Mensalidade Sindical – Com as dificuldades iniciais superadas o sindicato começou a operar, logo no início houve a filiação com a CUT.  Havia nesse período um temor por parte dos trabalhadores de ter o desconto da mensalidade direto na folha de pagamento, por isso durante um bom tempo, muitos servidores filiados pagavam a mensalidade direto no sindicato.

Sindicato Filia-se a CUT

Em 23 de fevereiro de 1991, um marco na história dos municipais de Prudente. Em Assembléia servidores deliberam a filiação do Sindicato à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Desde então, os servidores de Presidente Prudente e região integram a maior central sindical do Brasil, da América Latina e a 5ª maior do mundo, com objetivos claros de: lutar contra as práticas sociais de exploração; lutar pela democracia, liberdade e autonomia sindical; defender e construir a unidade dos servidores e de toda a classe trabalhadora; combater a privatização; defender os serviços públicos e os interesses gerais e específicos da categoria, entre outros.

De 1989 à 1992  
Prefeito Paulo Constantino e o Vice Agripino Lima

1990- cenário nacional – Fernando Collor de Melo toma posse como presidente. Abre-se uma nova fase vergonhosa para o país e cheia de novos sacrifícios para os trabalhadores. Já na posse, o presidente confisca o dinheiro de contas bancárias, investimentos e poupanças da população, muda a moeda de cruzado novo para cruzeiro e inicia uma política de abertura para produtos estrangeiros jamais vista no país.  Inicia também uma campanha de  desvalorização ao Servidor público, tratando como «marajás»

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