Sintrapp, 31 anos de história de 1998 à 2000

Sintrapp, 31 anos de história de 1998 à 2000

Sintrapp, 31 anos de história    de 1998 à 2000

Tivemos muitos avanços…
Mas por outro lado, tivemos um dos maiores
desgaste emocional da categoria.

Dias amargos…
Em 97 os servidores tem seu primeiro atraso salarial (3 dias). Em março de 1998, houve a possibilidade de regulamentar a questão salarial da categoria, já que o município teria a sua maior arrecadação nesta época. A situação acabou se agravando, devido a falta de compromisso da administração em priorizar o salário dos servidores. A partir desse momento aconteceram diversas manifestações da categoria contra os atrasos salariais.

O Sindicato entrou com uma ação coletiva e a justiça concedeu ganho de causa aos servidores, obrigando a Prefeitura a pagar os salários de novembro e dezembro, através do bloqueio de suas contas. Assim todo o dinheiro que entrava nos cofres do município, deveriam ir diretamente para o pagamento dos salários referentes a novembro e dezembro.

Em Assembleia realizada no dia 25 de janeiro de 99, ficou deliberado o início da greve (27), além do rompimento em definitivo com a Comissão de Deliberação de Pagamento.
” A greve de 99, a mais longa já realizada em toda a história da categoria, teve apoio da população em geral, que acompanhou e reconheceu a legitimidade do movimento.” descreve Genilda

Iniciada com uma adesão de cerca de 250 pessoas e alcançando o número próximo a 1.200 servidores, a greve foi realizada em condições financeiras precárias, tanto para servidores como para o sindicato, devido a 3 meses de atraso salarial, a falta do fornecimento de 2 cestas básicas, vale transporte, o não repasse da Prefeitura para o sindicato em relação aos convênios e mensalidades sindicais.

Tal condição financeira exigiu durante o período de greve, um grande esforço em conseguir ajuda externa, o que veio através da CUT/FETAM, sindicatos, comércio da cidade e também da população, através de doações de cestas básicas, empréstimos de materiais e equipamentos, doações em geral feita pelo comércio, dinheiro arrecadado junto à população através da realização de pedágio, ajuda de custo feita pela CUT e também a colaboração de companheiros sindicalista de outras cidades, na organização do movimento.

Diversas manifestações, como passeatas, apitaços, apresentações em público, piquetes diários, etc., foram realizadas durante todo o período de greve. Em maio de 99 depois muita luta,  conquistamos o fim da reforma  administrativa que  queria  retirar os  direitos.

03 de  dezembro de 1999-  dia  da  aprovação do Estatuto do Magistério

Entramos no ano 2000, e para os servidores de Prudente o pesadelo ainda continuava e mais atraso salarial. Diversas paralisações e greves faziam parte da vida dos servidores. O Sindicato, agora mais amadurecido, tornava-se uma das entidades mais respeitada no meio sindical, tendo nosso trabalho reconhecido pela CUT como pioneiros em muitas lutas e conquistas.
Nesse ano realizamos uma Assembleia de Alteração Estatutária onde deixamos de ser “Sindicato dos Servidores” para Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Presidente Prudente – SINTRAPP, também passamos a abranger trabalhadores de Câmaras, Autarquias, Fundações e demais órgãos das instituições da administração direta ou indireta, entre outras mudanças que permitiam que nosso estatuto ficasse mais eficaz em relação as necessidades da categoria enquanto organização sindical.
Dentro da Central Única dos Trabalhadores o Sintrapp teve papel relevante na construção e consolidação do ramo dos municipais. Além disso, ao lado dos milhares sindicatos da CUT, nosso Sindicato participou de importantes lutas que marcaram a história, como a as lutas contra as privatizações, as manifestações contra a fatídica emenda 3, as marchas a Brasília pela valorização do salário mínimo e pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, entre outras.

Durante os quatro anos da gestão Bragato, os trabalhadores da Prefeitura estiveram em constante conflito com a administração municipal em virtude dos atrasos de salários.
Entendíamos que a situação financeira caótica, provocada pela política de FHC, refletia diretamente nos municípios e, em nossa cidade, não foi diferente. Porém, todas as dificuldades enfrentadas pela prefeitura, devido à política dos governos federal e estadual, não tirava a responsabilidade da administração Bragato pelos erros cometidos nas finanças, ocasionando os atrasos de salários, que poderiam ter sido evitados.
Assim Independente dos esforços que a administração dizia em  estar fazendo para colocar os salários em dia; os trabalhadores da Prefeitura não aceitaram calados esta situação, pois entendíamos que o atraso poderia ter sido evitado se as medidas necessárias tivessem sido tomadas logo no início da gestão, assim como foi reivindicado pelo sindicato da categoria.

 Ainda em 2000 os servidores tinham pela frente três eleições: Prefeito, Vereadores e Sindical. Três  escolhas distintas, mas  que afetariam profundamente a categoria. E no mês de  outubro ocorre a eleição sindical. O incansável e eficaz trabalho da gestão anterior foi coroado com a eleição da CHAPA 1 que continha a quase totalidade dos integrantes da Diretoria anterior. Tendo sempre como princípios a transparência, a honestidade, a vontade de trabalhar e o respeito ao servidor.

O Sindicato continua a conquistar significativas vitórias para sua categoria, agora com a Companheira Sônia Auxiliadora, na presidência. Já no campo Político, tínhamos o retorno de Agripino Lima.

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