Sintrapp informa – Greve da R01

Por meio desta nota, o Sintrapp – Sindicato das Servidoras e dos Servidores Municipais de Presidente Prudente e Região – faz saber a todos e todas que é legítima a greve organizada junto ao funcionalismo da Referência 01.
Esse grupo é composto por trabalhadoras e trabalhadores que recebem os menores salários da prefeitura de Presidente Prudente e esse é o motivo que os levou a organizar esta greve, que é legítima não só por terem sido seguidos todos os trâmites legais, mas principalmente por ser pautada na responsabilidade que todos sabem que têm perante a sociedade prudentina que mais carece dos serviços públicos prestados por esses profissionais.
Neste momento, o Executivo tenta deslegitimar a manifestação, apontando que não se recusou a negociar com o funcionalismo. Não revela, entretanto, que deixou de apresentar os dados reais que comprovem a alegada impossibilidade financeira de conceder um reajuste necessário e justo ao funcionalismo de Referência 01. O prefeito, que não recebe as lideranças neste momento, alega tê-las recebido anteriormente, mas não assume que suas palavras de compromisso jamais de concretizaram. Neste momento, vale-se da artimanha do comunicador que sempre foi: discurso pausado – como num programa de rádio – e palavras abstratas, como “transparência” e “responsabilidade”, fazendo até rima pobre ao lançar um bordão falacioso “não adianta dar aumento e ficar sem pagamento”, mas nada apresenta de concreto. Esforça-se, em tom apelativo, para convencer os cidadãos prudentinos de que a greve deixa as crianças com horários reduzidos nas escolas, o que compromete a rotina de trabalho de seus pais e mães. A administração aponta isso como causa de problemas quando, na verdade, é consequência. Consequência de sua falta de transparência com as contas públicas, de sua irresponsabilidade ao saber que havia programação de greve e ter apostado que ela não ocorreria, de sua letárgica paralisia na tomada de providência que pudesse evitar a deflagração da greve.
Sua administração já está no terceiro ano e até o momento nunca apresentou uma proposta de reajuste que pudesse demonstrar, de verdade – e não apenas no discurso – que as mãos das cozinheiras (entre tantos outros servidores da Referência 01) são mais importantes que as do prefeito, que só toca nas mãos delas quando está em campanha política, em busca de votos.
Passar da Referência 01 para Referência 11 tem sido o objetivo da categoria há tempos, não sendo nenhuma novidade para a administração municipal, que não só teve tempo para se organizar para atender à reivindicação e tratar com dignidade aqueles a quem declara dar “valor” (quase 10%?!), mas também teve a oportunidade de abrir negociação com o Sintrapp muito antes da deflagração da greve. Nada fez; omitiu-se; calou-se.
Com a greve deflagrada, decidiu falar por meio de redes sociais a toda população. Mas se nega a falar pessoalmente com quem deveria falar neste momento: o pessoal da Referência 01 e suas lideranças representativas.
Tentar deslegitimar greve tem sido uma marca desta administração, que entrará para a história do município com vergonha de ter dado motivos para duas grandes greves (e contando…), cunhando, de última hora com seus redatores a tira colo, um bordão falacioso de ameaça de calote ao funcionalismo se conceder o reajuste que deve ser concedido ao pessoal da Referência 01. Irresponsabilidade com o funcionalismo é negar-lhes um salário que lhes garanta a dignidade, merecido por esses honrados servidores e servidoras.
É curioso o fato de que aos apadrinhados não falta disposição para, por meio de sucessivas leis inconstitucionais, oferecer salários de referência estratosférica aos de sua confiança. Que bom seria se, em Presidente Prudente, cargo de confiança tivesse sentido básico e necessário, como aquele exercido pelas mãos de todos esses servidores e servidoras, aos quais os cidadãos prudentinos confiam seus filhos nas escolas (às cozinheiras e aos serviços gerais, entre outros) e também deles e delas recebem serviços concretos, pois são essas pessoas da Referência 01 que, fazem as políticas públicas acontecerem nos mais diversos bairros da cidade.
Por tudo isso e, especialmente pela omissão do Executivo que só fala diante da câmera de seus profissionais de comunicação, a Greve da Referência 01 continuará! Continuará até que o prefeito se disponha a negociar com a categoria, pois é esta a hora de negociar. É agora a hora de cumprir as promessas feitas em campanha! É esta a hora de pegar nas mãos desse pessoal e firmar o acordo que um dia foi promessa. A dignidade dos servidores e servidoras da Referência 01 só será concreta quando forem reconhecidos como Referência 11.
A greve é pela dignidade de todos e todas da Referência 01!
Não queremos “quase 10%” de reajuste, queremos um 10 que se some ao 01 da Referência e promova todos a 11!
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